Ushuaia, explorando a cidade do fim do mundo

Ushuaia, explorando a cidade do fim do mundo

7 de setembro de 2008 6 Por Mauricio Oliveira

A capital da Terra do Fogo, na Argentina: destino para explorar a natureza, esquiar e curtir badalados resorts, cassinos, lojas e museus

Ushuaia é um município argentino de nome curioso e apelidos mais pitorescos ainda. A começar pela região da qual é capital, chamada Terra do Fogo, passando pela alcunha de “cidade mais austral do mundo” e, mais diretamente, “cidade do fim do mundo”. Nomes sugestivos para um lugar de paisagens realmente peculiares e inspiradoras. Em tradução livre do yámana, língua dos habitantes nativos, Ushuaia significa “baía que mira o poente”.

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Possivelmente, refere-se à baía Lapataia, que fica de frente para o Canal de Beagle e representa o limite do território, ao sul. Ao norte, a fronteira é o Estreito de Magalhães. Entre uma ponta e outra, montanhas, glaciares, bosques, vales, lagos e, é claro, o mar. Atrativos que fazem da região um lugar perfeito para os turistas que, munidos de câmera fotográfica e disposição para a caminhada, gostam de explorar a natureza.

Nesse cenário que poucas pessoas conhecem, os viajantes são transportados no tempo e se sentem como se pertencessem à outra época e estivessem entre os primeiros a pisar ali. Para as pessoas que não têm tanto o perfil explorador, Ushuaia é também uma gostosa cidadezinha à beira-mar, com uma excelente infra-estrutura turística.

Hotéis, resorts, cassinos, lojas, museus e restaurantes garantem uma estadia agitada, cheia de coisas para se fazer – só descansa quem quiser! A gastronomia regional oferece principalmente cordeiro e frutos do mar em geral, entre os quais se destaca o caranguejo gigante, chamado de centolla. Também conta pontos a hospitalidade da população local, sempre disposta a agradar os visitantes.

O COMEÇO DO FIM DO MUNDO

O primeiro homem branco a pisar na região foi o espanhol Fernão de Magalhães, em uma expedição pelo sul da América, em 1520. Da caravela em que estava, o explorador via muitas fogueiras em terra – usadas pelos nativos para aplacar o frio –, e decidiu batizar aquele território de Terra do Fogo. Acabou também dando seu nome ao pequeno braço de mar que separa a ilha do continente, o Estreito de Magalhães.

Séculos mais tarde, outra expedição à região entraria para a história. Em 1831, o navio inglês HMS Beagle levou à região um jovem então pouco conhecido, um naturalista de apenas 22 anos. O jovem era o pesquisador Charles Darwin que, com base em muitas das observações que fez na Terra do Fogo, escreveu A Origem das Espécies, um dos mais completos tratados científicos da humanidade.

Os passeios por bosques e lagos, as caminhadas pelas montanhas, a incursão pelo Parque Nacional da Terra do Fogo, as cavalgadas e a observação de aves e leões marinhos sempre estiveram no cardápio das atrações de verão da Patagônia. Mas foi a partir da inauguração da estação de esqui de Cerro Castor, em 1999, que Ushuaia estreou com maestria como destino de inverno.

Cerro Castor – Quando se pensa em Ushuaia – a cidade mais austral do mundo, última parada antes da Antártida –, imagina-se logo que o clima deve ser insuportavelmente frio, com temperaturas registrando muitos graus abaixo de zero. Um brasileiro é capaz de tremer só de pensar em estar cercado daquelas geleiras imensas. Mas, felizmente, não é nada disso. O termômetro varia entre 5°C positivos e 5°C negativos, em média. O fato de estar cercada de montanhas também ajuda, porque assim a região fica livre dos ventos. Essa pequena amplitude térmica acaba favorecendo um item de fundamental importância no sucesso da estação de esqui: a qualidade da neve.

São 24 pistas com queda orientada para o sul, distribuídas em 600 hectares, e com 800 metros de desnível. A maioria delas segue as especificações da Federação Internacional de Esqui e recebe atletas de inverno de diversos países, que vêm treinar na América do Sul quando é verão na Europa.

Mas não são só os profissionais que têm vez em Ushuaia. Se você nunca esquiou, pode ir se preparando para dar os primeiros passos calçados com um par de esquis. O Cerro Castor tem pistas de vários níveis de dificuldade, incluindo o de iniciantes, e oferece ainda uma excelente escola de esqui e snowboard, com aulas coletivas e particulares.

Para incentivar ainda mais os esquiadores de primeira viagem, os meios de elevação até o topo da montanha são de última geração: teleféricos grandes, fechados e para várias pessoas, transportes considerados o que há de mais seguro e moderno nessa área. Dentro da estação de esqui há ainda caminhadas pelos bosques, para as quais se usa nos pés uma espécie de raquetes próprias para neves, passeios de trenó puxados por cães e aluguel de snowmobile. E a infra-estrutura do centro de esqui oferece também quatro restaurantes para quando bater a fome, ou para dar uma descansadinha entre uma descida e outra.

TOP 5: PROGRAMAS IMPERDÍVEIS EM USHUAIA

Parque Nacional da Terra do Fogo

Lagos, rios, trilhas, bosques, montanhas, a Baía de Lapataia, leões marinhos, castores, condores e outros pássaros. Tudo isso pode ser visto nos 63 mil hectares do Parque Nacional da Terra do Fogo.

Cerro Castor

Diversos motivos fazem desta estação de esqui argentina uma das melhores do continente: quantidade e qualidade de neve e de pistas, infra-estrutura de equipamentos, hoteleira e gastronômica, excelentes e, é claro, a exclusividade de se estar no fim do mundo.

Trem do Fim do Mundo

Réplica perfeita do trem que levava os presos da cadeia até o Parque Nacional para buscar lenha. Pelo caminho, belas paisagens de vales e montanhas.

Museu do Fim do Mundo e Museu Marítimo

Visitar o Museu do Fim do Mundo é fundamental para quem quer saber mais sobre a Terra do Fogo e sobre a cultura dos índios nativos que ali viviam. Já o Museu Marítimo funciona no prédio que abrigava o antigo presídio da região, que teve grande importância na história local. Depois que deixou de ser presídio, o prédio serviu à Marinha Nacional até virar o museu que é hoje.

Canal de Beagle

Desse porto, que é o fim do fim do mundo, partem diversos passeios de barco, um mais interessante que o outro. É também onde os navios a caminho da Antártida param para abastecer.

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