Recife, do frevo ao fervo gay

Recife, do frevo ao fervo gay

21 de agosto de 2008 9 Por Mauricio Oliveira

Por ser tão antigo e cheio de história, o Recife prende a atenção do visitante logo de cara, muito por seu clima e cultura, mas também pela evidente beleza natural. Já começa pelo nome, que vem sempre precedido do artigo masculino “o”. Sempre mesmo! E disso os pernambucanos fazem questão, afinal, o nome da cidade se refere ao acidente geográfico que se destaca na paisagem da famosa Boa Viagem, o arrecife descrito por portugueses e holandeses, lá no início da colonização do País.

O que pode parecer mero detalhe para muitos, talvez diga muito sobre o Recife. A cidade tem um pouco desse jeito altivo, meio atrevido até, talvez herança dos tempos em que era muito poderosa. A mais antiga capital brasileira teve também um dos primeiros portos, por onde transitavam toneladas da nossa preciosa cana-de-açúcar. Desse período também vêm os legados cultural, artístico e arquitetônico deixados por índios, portugueses, judeus e holandeses.

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Na efervescência dessa mistura, criou-se um solo fértil para intelectuais, como os poetas Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, o dramaturgo Nelson Rodrigues, o antropólogo Gilberto Freyre, os artistas plásticos Francisco Brennand e Romero Britto, os políticos Frei Caneca e Joaquim Nabuco, os músicos Chico Science, Lenine e Otto. E a lista não pára.

Praias e mais praias – A cidade do Recife é o centro de uma grande região metropolitana, que engloba ainda outras cidades como Olinda, Cabo de Santo Agostinho, Itamaracá e Ipojuca, que têm praias imperdíveis como Calhetas, Porto de Galinhas, Muro Alto, Maracaípe, Carneiros e Tamandaré.

Já as praias urbanas de Recife e Olinda, se não têm aquela paisagem semideserta, contam com boa estrutura e conforto. Toda a orla da famosa Boa Viagem, com cerca de sete quilômetros de extensão, por exemplo, tem restaurantes e barzinhos excelentes, perfeitos para matar aquela fominha pós-praia ou ir bebericando noite adentro.

Mas difícil é sentir fome na praia, já que as tradicionais barracas e ambulantes vendem todo tipo de guloseima em plena areia, desde os prosaicos espetinhos de peixe e camarão fritos e de queijo coalho, até ovos de codorna, ostras, frutas e sopas de tudo que é coisa, inclusive uma apelidada de Caldinho Viagra. Promissor, não?

Oh, linda! – Coladinha ao Recife fica Olinda, cidade de muitos encantos e nome óbvio. Seu centrinho, cheio de ladeiras de paralelepípedos e igrejas do século 16, foi um dos primeiros a serem declarados Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco.

Com ares de vilarejo, Olinda ainda é pródiga em manifestações culturais, como maracatus, afoxés e frevos que acontecem na rua, a céu aberto, e também em ateliês de arte e artesanato, cujas obras podem ser encontradas em feirinhas e no Mercado da Ribeira. O exemplo mais emblemático desse artesanato são os bonecos gigantes que colorem as ruas durante o Carnaval.

A cidade é tão pequenininha que pode ser conhecida em um dia. Não deixe de subir no Alto da Sé, cujo cansaço é compensado pela vista que oferece do mar e pela Igreja da Sé, de 1537. A Basílica de São Bento, também do século 16, já teve seu altar de quase 15 metros de altura exposto até no Museu Guggenheim, de Nova York . Chiquérrimo!

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Roteiro básico em Recife

Como grande metrópole que é, Recife ainda oferece uma vasta diversidade de restaurantes, bares e centros de compras. Confira algumas boas opções:

Para comer – Boas sugestões são as carnes do Spettus, a feijoada do Recife Palace Hotel, a pizza da Tomaselli La Gôndola e o italiano Pomodoro Café. Em Olinda, não perca a delícia e a sofisticação do Oficina do Sabor, restaurante com uma cozinha regional-contemporânea da qual saem pratos à base de jerimum, tapioca, leite de coco, e outros ingredientes bem brasileiros.

Para beber – Não deixe de conhecer o Biruta Bar e sua privilegiada vista da Praia do Pina, o Boteco, na avenida Boa Viagem, com seus chopes cremosos e salgados apetitosos, a boemia e a boa música do Empório Sertanejo e o clima de paquera do UK Pub. Em Porto de Galinhas, vá ao Fiteiro, boteco jovem e descolado, mas com alma vintage e radiola de ficha.

Para passear – O catamarã sai do porto, percorre os trechos dos rios Beberibe e Capiberibe, que cortam o centro, e passa por pontes históricas. É imperdível! Outros lugares que merecem ser vistos são o Museu Brennand e suas mais de duas mil esculturas, o cinema da Fundação Joaquim Nabuco e a sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas.

Para comprar – Além dos três bons shoppings, há um lugar espetacular: o Paço da Alfândega, que está instalado no prédio onde originalmente funcionava a alfândega pernambucana e que hoje conta com lojas de grifes modernas. É muito bacana conhecer também a Casa de Cultura, um centro de artesanato que fica na antiga prisão, e o Mercado de São José, que teve sua estrutura de aço fabricada na Europa.

Cena GLS é tão democrática quanto os recifenses

A cena gay do Recife começa ainda pela manhã na orla da cidade, mas só termina no final da madrugada, quando as diversas casas noturnas espalhadas pelos bairros centrais encerram suas baladas.

O trecho de areia entre o Hotel Savaroni e o Edifício Acaiaca é a área de concentração gay da Praia de Boa Viagem. Sempre de sunga ou biquíni, o povo se encontra ali, aos sábados e domingos de sol, a partir das 10h, e só vai embora ao final da tarde. Dá de tudo nesse pedaço da costa: meninos e meninas, ricos e pobres, sarados e gordinhos.

Mas as atrações do Recife não estão restritas nem aos finais de semana, nem à paquera nas praias. Diariamente, moradores e turistas se encontram – de banho tomado – no popular bairro da Boa Vista, ao redor do shopping de mesmo nome, onde estão alguns dos bares gays mais tradicionais da cidade, como o Pithouse e o Mustang.

Já os recifenses modernos preferem se reunir na Galeria Joana D’Arc, localizada no bairro do Pina. Além de lojas de roupas, a galeria reúne bares e restaurantes que, durante a noite, compartilham um jardim com mesinhas onde está a maior concentração de gente alternativa do Recife, principalmente entre quinta-feira e domingo.

Modernos ou não, todos terminam as noites de sexta e sábado em alguma das boates da cidade, como a boate Metrópole, a mais famosa entre recifenses e turistas. A casa, localizada na Boa Vista, conta com concorridos shows de striptease masculino e reúne diversos bares temáticos e pistas de dança animadas por top DJs locais e convidados.

E como outras capitais brasileiras, Recife também tem sua matinê dominical. No MKB (Meu Kaso Bar), também na Boa Vista e que abre às 21h, a multidão se joga na pista ao som eclético, que vai do pagode ao forró, e circula pela dance music radiofônica. A festa é democrática como toda cena GLS recifense, que acorda cedo, mas não tem hora pra acabar.

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